domingo, 20 de fevereiro de 2011

Em lua de mel com a Fiel, Liedson vive caso de amor com o Pacaembu

Em 16 partidas no palco do clássico deste domingo contra o Santos, atacante anotou 17 de seus 26 gols desde a primeira passagem pelo Timão

Liedson: camisa 9 de Ronaldo e mais um show
no Pacaembu
O Pacaembu ficou conhecimento através dos anos como a casa do Corinthians. Mas um jogador do atual elenco alvinegro transformou o estádio Paulo Machado de Carvalho em seu verdadeiro quintal. Encantando a Fiel com apenas três jogos vestido a camisa 9, a mesma que era de Ronaldo, Liedson tem números muito positivos no local: dos 26 gols que anotou pelo Timão, 17 aconteceram lá - 65,3% do total. Promessa de muito trabalho para os defensores do Santos no clássico deste domingo, às 16h, pelo Paulistão.

A conta é ainda impressionante se levado em consideração o número de partidas dele no estádio. São apenas 16 duelos, o que dá média superior a um gol por confronto. No total, são 41 jogos e 26 feitos.

Contratado no início de 2003 depois de brilhar no Flamengo, o Levezinho marcou seu primeiro gol no Pacaembu no dia 5 de fevereiro, na vitória por 1 a 0 sobre o Cruz Azul-MEX. A partida era válida pela Taça Libertadores, competição no qual ele não conseguiu disputar pelo clube em 2010 devido à trágica eliminação diante do Tolima-COL ainda na fase prévia.

A falta que elenco e torcida sentiram dele no torneio tem uma lógica. O atacante já havia mostrado na primeira passagem pelo Timão que se identificava com a Libertadores, ainda mais no mais tradicional estádio da capital paulista. Ainda naquela primeira fase, anotou outros dois contra o Fênix-URU e mais um frente ao The Strongest-BOL. O Alvinegro acabaria eliminado nas oitavas de final pelo River Plate-ARG. Liedson marcou no jogo do Morumbi, mas sua equipe foi batida por 2 a 1 e disse adeus.
O ápice para o camisa 9 no Pacaembu aconteceu no dia 1º de junho de 2003 ao fazer nada menos que os quatro gols da goleada por 4 a 0 sobre o Vitória, pelo primeiro turno do Campeonato Brasileiro. O Timão era dirigido por Geninho e tinha como estrelas o lateral-esquerdo Kleber, os meias Leandro e Jorge Wagner e o atacante Gil. Já fazendo sucesso, o Levizinho pouco tempo depois acabaria negociado com o Sporting-POR, clube que defendeu por sete anos e meio e saiu idolatrado.
Apesar dos números favoráveis, Liedson não acredita que seu desempenho cresça no Pacaembu, mas aproveita para curtir o momento feliz. Desde que voltou ao Corinthians, fez quatro gols em três partidas. Todos no Paulo Machado de Carvalho.
Liedson voleio Corinthians (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
- É mais coincidência, só tive um jogo fora. Procuro fazer gols em todos, mas, infelizmente, nem sempre acontece. Fico feliz de marcar em casa, diante da torcida. O importante é que os gols continuem aparecendo – afirmou.
Modéstia à parte, Liedson atingiu a marca em um período que o Corinthians não mandava todos os jogos no Pacaembu. O clube alugava também o Morumbi – foram quatro gols na casa são-paulina. Em sua trajetória no Alvinegro, o atacante atuou em 16 estádios diferentes, o que mostra ainda mais a força dele no local. Ele balançou as redes do Santa Cruz (Ribeirão Preto), Orlando Scarpelli (Florianópolis), Hernando Siles (La Paz-BOL), Castelão (Fortaleza) e Moisés Lucarelli (Campinas).
O desempenho do camisa 9 em clássicos também é bom. Em seis confrontos diante de rivais, foram três vitórias, dois empates, uma derrota e com três gols. Ele marcou um em cada jogo das semifinais do Paulistão 2003 contra o Palmeiras - empate por 2 a 2 e vitória alvinegra por 4 a 2. Na decisão frente ao São Paulo, anotou outro no triunfo corintiano por 3 a 2 que rendeu a taça. O único revés veio no Brasileiro, diante do mesmo Tricolor, por 2 a 1. O encontro com o Santos aconteceu apenas uma vez, no empate por 1 a 1, pelo torneio nacional, sem balançar as redes.
Depois de fazer os dois gols contra o Mogi Mirim, claro, no Pacaembu, na última quinta-feira, Liedson se fixou ainda mais como a arma corintiana para o clássico contra o badalado Santos. A seu favor, o atacante tem os números ruins da defesa rival. São nove gols sofridos em oito rodadas, mais de um por partida. Apesar disso, o Levezinho não espera moleza.
- Eu me preocupo com o coletivo e não com dois ou três jogadores, esquecendo do resto. O Santos tem vários jogadores que podem desequilibrar. Se tomaram muitos gols, isso não conta em um clássico.Temos que pensar em nós – completou.
Fonte: Globo Esporte

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